Arole Cultural lança “Comida de Santo que Se Come"

Livro revisita as receitas e oferendas aos Orixás e apresenta receitas para servir à boa mesa, inspiradas em seus ingredientes sagrados

O renomado chef Carlos Ribeiro fez uma incursão pelos pratos sagrados dos Orixás e, a partir da sua intensa pesquisa, elaborou 35 receitas profanas, promovendo um banquete que cumpre a principal função da religião: o religare da matéria e do espírito, o compartilhar da vida, dos sabores e dos prazeres. O livro, ilustrado pelo autor, ainda conta com orelha escrita por Bel Coelho, prefácio pelo também escritor e babalorixá Rodney William Eugênio e capítulo especial do pesquisador, professor e babalorixá Vilson Caetano.

"Uma das primeiras lições que se aprende no Candomblé é que a magia e o segredos dos Orixás se aprende na cozinha". Quem afirma isso é o babalorixá e fundador da Editora Arole Cultural, Diego de Oxóssi, que também nos ensina que “é quase impossível falar de comida dos orixás sem abordar o sincretismo religioso e o regionalismo brasileiro”.

Por se tratar de um país de dimensões continentais cada região do país possui seus costumes e sabores. “E isso se reflete também na religião”, afirma Diego. Os exemplos são inúmeros: na Bahia e no Sudeste, Ogum - o Orixá Guerreiro, sincretizado com São Jorge de lança na mão - come inhame, mas no Rio Grande do Sul, a comida desse Orixá é o churrasco. Nota-se também que no Candomblé da Bahia o acarajé - a bola de fogo que se pode comer -  comida preferida de Iansã, é feito com feijão fradinho; já no Batuque - terras gaúchas - se faz com feijão miúdo.

Nesse sentido, a comida tem papel fundamental tanto nos ritos quanto nos símbolos. “A comida cumpre um papel muito maior: é através dela que os fiéis comungam com os Orixás”, afirma Diego. “Como diz meu pai de santo: os deuses existem porque os homens existem. Por isso, na prática da fé e nos costumes diários, é à mesa que homens e deuses se tornam um só e não é à toa que, para que toda oferenda seja bem aceita, uma parte dela deve ser comida por quem a oferece!”, completa.

Comida de Santo Que se Come

184 páginas, couché colorido, brochura
ISBN 9788590624097
Preço de capa: R$98,90

Disponível em:  www.arolecultural.com.br/shop/comida-de-santo-que-se-come e nas melhores livrarias do país.

Sobre Carlos Ribeiro

Comunicador social por formação e chef de cozinha por amor e profissão, Carlos Ribeiro é o responsável pelo Na Cozinha Restaurante, especializado em culinária brasileira e picadinhos. Doutorando na USP em Estudos Latinos Americanos, onde também é Mestre em Estudos Latinos Americanos, lecionou nas Universidades Federal da Paraiba, Faap, Anhembi Morumbi, Uninove – onde foi coordenador do curso de Belas Artes -, entre outras. Também é autor dos livros “Culinária Japonesa para Brasileiros”, “Comida é Arte”, “Historia da Gastronomia”, além de colaborador no livro “Café, 100 anos de Vinicius”.

Texto originalmente publicado em: https://www.diegodeoxossi.com.br/home/arole-cultural-releases-sacred-food-to-be-eaten